Os nossos amigos
Na vida muitas vezes deparamo-nos com o imponderável, com os pequenos e grandes imprevistos que a vida nos reserva... Face às contrariedades, por vezes dolorosas e incontroláveis, resta-nos aceitar com serenidade e esperar apenas por dias melhores! É neste momento que as grandes pessoas se revelam, é nos problemas que vem ao de cima a essência de cada um. São estas as alturas em que é necessário que nós nos superemos que por momentos consigamos ser maior que os nossos problemas e ver para além do nosso pequeno mundo, que existe sempre luz ao fundo do túnel e que a vida continua. Os desígnios de Deus são sempre misteriosos por vezes até insondáveis, mas é por isso que existe a FÉ...
Após os tristes acontecimentos no Goulinho, foi necessário engolir a tristeza e guardá-la num cantinho do nosso coração para se poder cumprir com os compromissos assumidos, e foi isso que todos fizeram. Não se interprete isto como falta de solidariedade ou respeito para com a família de quem partiu, mas acima de tudo, como homenagem a quem tinha participado activamente e com orgulho em especial na exposição de fotografias que contou com a sua colaboração.
Relativamente à exposição, dizer que foi um estrondoso sucesso será pouco! Especialmente todos os que tiveram o prazer de a poder visitar ficaram impressionados não só com o profissionalismo da exposição como pela comovente riqueza humana demonstrada pelas fotografias presentes. É de salientar a adesão maciça que teve esta iniciativa que conseguiu juntar aproximadamente 800 fotografias tendo sido feita uma selecção para que as mais representativas estivessem presentes na exposição. Na inauguração para além da presença de jornalistas esteve a Exma. Sra. Vereadora da Cultura da CM de Oliveira do Hospital que face ao que viu, convidou imediatamente a Associação para apresentar a respectiva exposição na Casa da Cultura César de Oliveira, em Oliveira do Hospital, em data ainda a definir (logo que exista data definitiva será divulgada).
A festa (se assim se poderá chamar face às circunstâncias), baseou-se no cumprir o programa definido com excepção da missa e respectiva procissão que apesar das circunstâncias teve uma boa adesão.
Quero aqui e acima de tudo dizer a todos os meus filhos o quanto me orgulho deles, pois apesar das dificuldades, mantiveram a cabeça erguida e fizeram questão de cumprir os compromissos assumidos apesar de ter sido muito mais fácil baixar os braços e simplesmente desistir... Agora ouçam um velho, que já cá está há muitos e bons anos (pelo menos a maioria deles), nunca desistam, a fuga e o baixar os braços é para os fracos e apesar do que dizem que é um acto de sabedoria saber quando parar, é um acto de cobardia desistir só porque as coisas são difíceis e o caminho atribulado, porque mais tarde nunca se deixarão de perguntar: "E se eu tivesse feito mais, será que...?". Como disse alguém famoso, o pior não é nunca termos conseguido é sim nem sequer termos tentado! Continuem a lutar por mim, e sempre que tiverem dúvidas vão até à fonte fechem os olhos e ouçam-me! A água a correr, os passarinhos, grilos e cigarras a cantar e recordem todas as alegrias que eu já vos dei na vida...